GONGORI é um conceito artístico visualmente musical, criado em 2019 por Gonçalo Alegre, como expressão de um profundo desejo de emancipação e auto sustentabilidade artísticas.

Aqui, Gonçalo propõe-se a criar e desenvolver um disco a solo, para o qual assume as funções de compositor, letrista, instrumentista, cantor, realizador, ator e produtor. Assim, GONGORI representa, à exceção da produção musical a cargo de Nuxo, um produto puro das suas competências enquanto criador, performer e produtor.

VAZIO, o primeiro projeto de GONGORI e tema do disco, surge de uma partilha com Pedro Branco, na qual se reflete sobre a origem e a existência de um ser, e de onde parte a premissa deste projeto:

“criar é simplesmente estar...

no vazio do todo,

no todo do vazio

criar é estar todo...

… é estar vazio”

Enquanto conceito visual e musical, o autor estabelece que o disco de estreia de GONGORI deverá ser lançado sob a forma de uma curta-metragem que apela ao sentido estético, expressivo e musical de VAZIO.

O filme conta com o argumento de António Sanganha, e assume a vontade de criar novos laços, de fomentar novas relações profissionais e de desenvolver novas formas de expressão, contribuindo para um ecossistema criativo e essencial para os artistas envolvidos.

Considerando o saber musical de Gonçalo Alegre, reconhece-se que o seu conceito artístico se manifesta para além das qualidades que o caracterizam. O mesmo propõe-se a abordar e desenvolver variadas questões através de uma expressão musical e fortemente visual, conferindo-lhe um caráter difuso e altamente transmutável, com um imenso potencial expressivo. É este dinamismo que permite então que GONGORI se defina, não como projeto, mas como um conceito vivo, autónomo e entusiasmante.